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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O tempo...





Houve um tempo em que tinha tudo e não o visualizava. Houve um tempo que sorria tanto que nunca parei pra pensar, que o tempo do choro viria. Houve um tempo em que tinha tantos amigos e era tão bom usufruir do convívio com eles. Houve um tempo que eles foram pra outros países , outros estados e outros tomaram rumos tão distantes que nem mais os vejo ou com eles falo pois o tempo de tê-los perto se foi. Houve o tempo de oportunidades tão boas de trabalho, que cheguei a desfrutar, porém o tempo da juventude de impulsividades, me fez desistir dos bom empregos, porque no tempo da imbecilidade eu nunca parei pra pensar no tempo da necessidade. Houve o tempo de namoros, que me levou a tempos de fossa e era este o tempo que eu queria curtir sem pensar em quanto tempo precioso estava perdendo.

Houve um tempo em que conheci o amor verdadeiro que me levou ao tempo de estar num altar e me casar, porém sem pensar que o tempo de lutas no lar poderiam chegar. Houve um tempo em que os filhos foram gerados e não pensava no tempo em que nasceriam e o tempo das noites mal dormidas chegariam. Houve um tempo de início ministerial em que nada sabia mas tudo queria e não pensei que o tempo de crescer espiritualmente chegaria com tantas dores. Houve o tempo de deixar a casa do pão e não pensei que o tempo em terras estranhas seria de tamanha necessidade de aprender a deixar a independência para aprender a viver o tempo da dependência total de Deus. Houve o tempo de muita fome de Deus e de muita entrega sem imaginar aonde eu poderia ser levada.

Houve o tempo da fome de Deus me levar ao confronto comigo mesma, e eu não imaginava que o tempo da guerra interior viria tão ferrenha. Houve o tempo que comecei a crescer espiritualmente sem pensar que o tempo de não perceber que ainda havia muito a aprender poderia passar desapercebido, me levando a perder o tempo de aprender muito mais. Houve o tempo de perdas, que deixaram marcas profundas, marcas que não estavam me deixando ver que o tempo das promessas de Deus estavam chegando. Houve o tempo em que muitas feridas começaram a cicatrizar, porem o tempo passou e eu não percebi que nas cicatrizes ainda haviam hematomas. Houve o tempo em que situações me levaram ao tempo em que tocaram nas cicatrizes e os hematomas doeram, pois ainda havia roxidão.

Houve o tempo em que chegou a hora de retornar de terras distantes, sem perceber que o tempo de voltar de onde saimos chegaria. Houve o tempo de rever coisas, sem saber que o tempo de rever certas coisas levaria a sentimentos de tamanha dor. Houve o tempo de comtemplar a bondade de Deus com uma visão mais ampla, porém sem saber que junto com esta comtemplação viria também o tempo de revelação do coração, que me levaria a um tempo de muito quebrantamento, confissões e arrependimentos. Houve o tempo do reencontro com o passado, sem saber que o tempo de precisar aprender a não considerá-lo havia chegado.

Houve o tempo que acordei pela manhã sem mais conseguir dormir e tive que entender que o tempo de pensar sobre tudo já vivido havia chegado. Houve o tempo em que entendi que preciso aproveitar e segurar este novo tempo de reflexões e mudanças. Houve o tempo que comecei a vislumbrar o tempo do cumprimento das promessas, que me tem levado ao tempo de viver a restauração plena de Deus, mesmo que tudo ao meu redor diga que não e certos momentos penso em desistir . Porém o tempo de ouvir sua voz sempre me encorajando a prosseguir chegou e assim percebendo que não estou nunca só, e que o que ele projetou pra mim não vai se frustrar, sigo em frente. E como diz Eclesiaste 3: "Há um tempo determinado por Deus para todas as coisas".

Autoria: Anna Cláudia

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