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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Calibrando o coração com o amor...





Todos os dias ao acordar eu tenho dois objetivos principais: Amar e ensinar a Amar. Nem sempre consigo, mas quando consigo é uma experiência muito bela e sagrada, muito gratificante. O Amor não é algo imaginário e nem abstrato. O Amor é algo muito concreto, totalmente perceptível por nossos sentidos, e permeia tudo o que existe. E o Amor emana e jorra do nosso coração. Não de um coração imaginário e nem abstrato, mas do órgão bem no nosso peito.

O Amor não se ensina por conceitos e nem por doutrinação. Não é preciso entender o Amor e muito menos acreditar no Amor. Para amar basta praticar. E para ensinar a amar basta amar.

Eis aqui duas práticas que você pode começar a fazer agora mesmo. A primeira é para Amar, ou seja, emanar Amor a partir do seu Coração. A segunda é para ensinar e aprender a Amar, ou seja, para calibrar o Coração com o Amor.

    I.Amar, ou emanar Amor do seu Coração...

        1.Sente-se ou deite-se numa posição bem confortável, com a coluna reta e o corpo relaxado.

       2. Respire de forma relaxada, conectando a inspiração com a expiração sem intervalos entre uma e outra.

        3.Quando alcançar um bom estado de relaxamento,  com a respiração acontecendo sem esforço, de forma fluída e leve, comece a colocar a sua atenção em seu coração, bem ai no seu peito.

        4.Respire como se o ar entrasse e saísse diretamente do seu coração. Sinta o seu coração. Sinta qualquer coisa que se apresente em seu coração. As vezes pode ser uma tensão, um aperto, uma temperatura diferente, ou qualquer outra coisa. Apenas sinta e respire a partir do seu coração.

        5.E vá relaxando mais e mais o seu peito, o seu coração. Perceba que seu coração começa a ficar bastante energizado pelos simples fato de você colocar a atenção nele. Ondas de calor, de luz e de paz, começam a surgir.

        6.Então, neste momento, comece a emanar Amor a partir do seu coração. Deixe o Amor jorrar, preenchendo todo o seu coração. Sinta isso. Sinta o seu coração repleto de Amor. Agora emane Amor, jorre Amor, preenchendo todo seu corpo. Sinta o Amor se esparramando para cada uma das suas células, para cada um dos seus átomos.

       7. Emane e jorre Amor, rodeando todo o seu corpo. Emane e jorre Amor para o ambiente onde você está. Encha todo o seu ambiente de Amor.

        8.Agora você pode emanar e jorrar Amor, para qualquer pessoa, para qualquer lugar e para qualquer tempo. Você pode emanar Amor para quem você vai encontrar no futuro ou para quem você encontrou no passado. Você pode emanar Amor para um ambiente ou evento onde estará num futuro próximo ou para um ambiente ou evento onde você esteve no passado. O Amor pode transmutar qualquer coisa, em qualquer lugar, em qualquer tempo.

        9.Continue emanando Amor para pessoas, seres, coisas, lugares, tempos, momentos, eventos, etc. Faça isso o tempo todo, e sinta os resultados.

       10. Você vai perceber que quanto mais emana Amor, quanto mais jorra Amor, mais Amor você sente e mais Amor você tem para dar. Este é o verdadeiro significado da frase: “É dando que se recebe”.
   
II.Ensinar e Aprender a Amar, ou calibrar o Coração com o Amor...

        1.Qualquer pessoa pode ensinar e aprender o Amor. Ensinamos e aprendemos o Amor amando. Ensinamos o Amor nos abrindo, não para receber Amor, mas para dar espaço para que o outro exerça, para que o outro pratique, o seu Amor.

        2.Ensinamos e aprendemos o Amor nos conectando com a outra pessoa, para a qual iremos ensinar o Amor ou com a qual iremos aprender o Amor. Podemos estar próximos, como sentados um em frente ao outro, ou mesmo distantes, como conversando pelo telefone, ou mesmo num diálogo eletrônico. O importante é a conexão. O importante é a atenção plena um no outro.

        3.Perto ou longe, ambos devem estar presentes um com o outro, sem nenhum tipo de distração. Ambos devem interromper qualquer outro diálogo ou atividade. A atenção plena, de ambos, é fundamental.

        4.Ambos devem sentar-se numa posição bem confortável, com a coluna reta e o corpo relaxado.

        5.Ambos devem respirar de forma relaxada, conectando a inspiração com a expiração sem intervalos entre uma e outra.

        6.Quando ambos alcançarem um bom estado de relaxamento,  com a respiração acontecendo sem esforço, de forma fluída e leve, ambos começam a colocar a sua atenção em seu coração, no seu peito.

        7.Respirem como se o ar entrasse e saísse diretamente dos seus corações. Sintam o seu coração. Sintam qualquer coisa que se apresente em seu coração. Às vezes pode ser uma tensão, um aperto, uma temperatura diferente, ou qualquer outra coisa. Apenas sintam e respirem a partir do seu coração.

        8.E vão, ambos, relaxando mais e mais os seus peitos, os seus corações. Percebam que os seus corações começam a ficar bastante energizado pelos simples fato de vocês colocarem a atenção nele. Ondas de calor, de luz e de paz, começam a surgir.

        9.A partir deste ponto, ambos irão se alternar, nos papéis de Emanador de Amor e Calibrador de Amor.

        10.O Emanador de Amor começa a emanar Amor para o coração do Calibrador de Amor. O Calibrador apenas sente, apenas testemunha o que está sentido, e diz de vez em quando ao Emanador de Amor o que está sentido, o que está percebendo. O Emanador de Amor vai relaxando e se permitindo realmente emanar e jorrar Amor para o coração do Calibrador de Amor.
        11.A atitude do Emanador é de estar em estado de Amor e emanar Amor para o Calibrador. A atitude do Calibrador é de pura presença e abertura para que o outro possa exercitar ou praticar o seu Amor. Ambos devem abandonar todo e qualquer julgamento, e todo e qualquer cinismo. Devem apenas estar presentes um com o outro.

        12.Em um determinado momento o Calibrador começará a sentir o Amor, começará a sentir um relaxamento profundo, uma paz profunda, uma alegria profunda. Isto significa que o Amor está fluindo.

        13.Após algum tempo, ambos invertem os papéis, repetindo os passos 10, 11 e 12 tantas vezes quanto quiserem.

        14.É muito comum sentir uma profunda gratidão e reverência pelo outro e por si mesmo após algum tempo. Curtam isso. Para terminar façam uma caminhada silenciosa, contemplando o mundo ao seu redor. 

Estas duas práticas são muito poderosas. Elas deveriam ser ensinadas em todas as famílias, escolas, hospitais, organizações, empresas, governos, etc. A energia do Amor transmuta qualquer coisa, qualquer conflito, qualquer dor, qualquer doença, qualquer desequilíbrio, qualquer desarmonia.

Importante: Entender estas praticar, ou acreditar nelas, não tem nenhuma utilidade. Apenas a prática é útil e trará algum resultado.

Efeitos Colaterais...

Estas práticas tem um terrível efeito colateral.

Se você praticar o que descrito acima, é muito provável que as pessoas vão querer estar sempre perto de você. Você começará a receber convites para muitos eventos e encontros e não conseguirá atender a todos eles. Pessoas irão sempre se reunir á sua volta. Você será sempre o centro de atenção onde quer que você esteja. Os cachorros e gatos de rua começarão a seguir você. Então esteja preparado. O único jeito de escapar disso é ensinar as práticas para o máximo de pessoas que conseguir.

Autoria: Tom Cau

terça-feira, 26 de junho de 2012

Um amor verdadeiro...



Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio. O mestre disse que respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história:

“Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete. Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.

Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção: “- Meus filhos, foram 55 bons anos…Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.” Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou: “- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, e perdoamos nossos erros…

Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que? Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim… “

Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: “Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa.”

E, por fim, o professor concluiu: Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.

Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.

“Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza chegará mais longe e terá a indescritível alegria de compartilhar, alegria esta que a solidão nega a todos que a possuem…”

(A.D.)

domingo, 24 de junho de 2012

A casa do amor...




*O PORÃO...

Pode ser um lugar bastante triste e seu ambiente sempre nos afeta. Quando estamos no porão estamos profundamente infelizes. Achamos que o mundo está contra nós. Mesmo as pessoas mais próximas viram inimigas. O objetivo da nossa permanência no porão é aprender a reconhecer as coisas que precisam ser curadas em nós e entender de que forma contribuímos para nossa própria infelicidade. Enquanto estamos no porão não fazemos idéia de que precisamos curar alguma coisa, o problema é com os outros, não conosco. No porão precisamos olhar os relacionamentos que estão à nossa volta como um reflexo de nós mesmos, para que possamos descobrir o lugar que queremos ocupar em qualquer relacionamento. A única maneira de fazer isso é dispondo-se a fazê-lo. Temos que estar dispostos a liberar as coisas que não estão funcionando, abrindo-nos para escutar as verdades que não quisemos ouvir até agora. Os dispositivos indispensáveis para sair do porão são: VONTADE E DISPOSIÇÃO.

*O PRIMEIRO ANDAR...

O primeiro andar da vida é o lugar onde moramos quando sabemos que precisamos nos curar, mas ainda não sabemos exatamente o quê há de errado. Durante essa fase admitimos que estivemos envolvidos em relacionamentos e situações que nos deixaram infelizes e, em vez de culpar outras pessoas, olhamos para nós mesmos. Este pode ser um lugar assustador, porque é no primeiro andar que devemos admitir: “Sei que contribuí de alguma forma para minha própria infelicidade, mas não sei como e nem por quê”. Começar o questionamento dá início ao processo de cura. Fazer perguntas significa abrir-se para respostas e estar em busca da verdade. Os dispositivos para sair do primeiro andar são: VERDADE E RESPONSABILIDADE.

*SEGUNDO ANDAR...

O segundo andar da casa do amor é o mais importante de todos, pois nele se inicia um nível mais profundo de aprendizado. A primeira, última e única lição que você tem que aprender neste andar é: “Não existe nada errado comigo ou com as outras pessoas”. Agora você entende que todas as experiências, todos os relacionamentos, todos os acontecimentos dolorosos ou constrangedores foram necessários para o seu crescimento. Irá descobrir que Deus sempre amou e irá amar você, não importa o que tenha feito ou o que possa fazer. E você descobre isso quando percebe que só o amor de Deus poderia ter retirado você do porão. Renunciar é o detergente espiritual para o trabalho que você tem que fazer neste andar. A renúncia funciona melhor quando usada junto com o perdão. No segundo andar, você está realmente mudando do modelo passivo/agressivo para uma abordagem receptiva/ativa. Tendo se livrado de grande parte das bugigangas mentais, pode agora ouvir seus próprios pensamentos e escutar outras pessoas. Os dispositivos para sair do segundo andar são: RENÚNCIA E PERDÃO.

*TERCEIRO ANDAR...

Agora você está a caminho de descobrir a verdade sobre si mesmo. A esta altura saberá o que está errado e o que fazer a respeito. Isso por si só já é difícil, mas existe outro problema: ao subir do segundo andar para o terceiro, cada vez que aplicar o que sabe, irá surgir outra situação para testar sua confiança e paciência. O que faz a experiência da passagem do segundo andar para o terceiro mais desafiadora, é o fato de cada degrau entre os dois andares estar coberto por suas experiências. Você deve aprender que : “amar a si mesmo é a única coisa importante, porque quando nos amamos podemos amar a todos e a qualquer um”. Nesta parte da viagem, a tentação de desistir aparecerá muitas vezes. Você vai querer reclamar, emburrar, voltar atrás... Não desista, pois você já percorreu uma grande parte do caminho, tenha paciência e continue em frente. Nesses momentos seu equipamento parecerá precário, mas tenha certeza de que você chegará lá. E um dia quando você menos esperar, verá a luz. Irá experimentar o esplendor de morar no terceiro andar da casa do Amor. Sentirá paixão por si mesmo e pela vida. Você conseguiu! Ainda que a cura não seja completa, sabe o que fazer, como fazer e por que é necessário manter o amor no centro de tudo. Começará a ensinar as pessoas o que aprendeu, compartilhando suas histórias pessoais sem medo do que possam pensar de você. Perceberá que enquanto estava aprendendo, lembrando e recriando suas idéias a respeito do amor, o amor estava ao seu lado ouvindo-o, observando-o... Vai descobrir que o seu papel na vida é servir ao próximo e, ao mesmo tempo gostar de si mesmo. Muitas pessoas se tornam moradores permanentes do terceiro andar. Isso é perfeitamente aceitável. Você pode morar nesse lugar e nesse estado de consciência durante muito tempo e sentir total satisfação. Mas, um dia irá perceber que existe um andar acima e que a única coisa que precisará fazer para subir é uma ligeira mudança. Terceiro andar: CONFIANÇA E PACIÊNCIA.

*O SÓTÃO...

O sótão da casa do Amor é como a consciência das crianças, que vivem totalmente confiantes, aceitando a si mesmas e aos outros. No sótão, nos comprometemos a mudar nossa consciência para um estado de amor, amor-próprio incondicional. Neste nível de seu desenvolvimento, você limpou tão bem o seu subconsciente, que não importa o que você pense, o amor irá se manifestar. Você estará em boa companhia, terá muito apoio e proteção. Este é o reino do “Espírito”. É a mais alta faculdade da sua mente. Quando você ultrapassa todas as suas questões humanas e chega a este nível de consciência está em companhia dos mestres, dos anjos, dos arcanjos. Você se tornou a “luz do mundo”. Por isso, eu peço calorosamente a você que faça tudo o que estiver ao seu alcance para deixar brilhar a sua luz!

Autoria: Iyanla Vanzant

Mudar de casa...



Chega um tempo na vida da gente que sentimos a necessidade de mudar, seja de casa ou de nós mesmos... Largar coisas muito enraizadas e profundas, mas que já não servem mais. Então surge a ideia de olhar casas novas, em todos os sentidos! Quem sabe algumas que possuam ruas estreitas que precisamos percorrer... Ou outras que fiquem em ladeiras bem íngremes, para desenvolver a nossa força. Ou quem sabe simplificar, resgatar o velho e criar um novo lugar! Ou talvez procurar uma nova casa, que tenha muita água por perto, para amolecer a nossa argila, que são as nossas crenças...

Muitas vezes não é necessário trocar de casa, mas olhar com outros olhos para dentro dela. Quem sabe, olhando melhor, possamos visualizar um rio com águas transparentes, que tem a capacidade de levar embora as preocupações que não precisamos mais! Ou ainda águas que reflitam o nosso interior! E se ainda pudermos ir para perto do mar, que maravilha!

Quantos ensinamentos ele tem para nos dar, basta se aquietar e observar! Lugares que tenham água por perto, ajudam a amolecer a terra seca, que são iguais a nossa dureza, rigidez e incompreensão. Olhar através de arcos, resulta em enxergar aquilo que realmente precisamos ver! Começar a entender que a casa é a nossa morada, somos responsáveis por ela. Podemos dar cor ou não.mas o colorido exige mais cuidado! Observar se não estamos construindo muros muito fechados em volta da nossa casa. Muros separam, pontes ligam, aproximam... Através das pontes podemos ver o outro lado.

Conhecer o outro lado muda a nossa percepção... Nos transforma... Começamos a ter uma nova visão! E com a nova visão, fica mais fácil pensar na nova construção ou reforma! Precisamos nos aproximar mais das pessoas? Por acaso nos isolamos demais?  Ou precisamos nos aquietar mais... Quem sabe um lugar mais alegre? Ou precisamos caminhar silenciosamente por ruas desconhecidas... Olhar para nossa casa requer coragem e força; é enxergar o que precisa ser mudado e se desapegar do velho!

É olhar fundo... E quando o desapego acontece, ele nos leva a situações caóticas, mas valiosas! Neste momento surge uma confusão de cores e caminhos! É a reforma... Muitas vezes surge o frio e o escuro... Mas como tudo passa, sempre vem o novo dia para clarear! Toda reforma ou mudança traz “caos”. Mas precisamos lembrar que vale à pena, o resultado chega! Se a angústia bate à porta é hora de abrir e atender! Ela vem avisar que alguma coisa precisa mudar!

Quem sabe uma pausa para refletir sobre tudo isso! Olhar para o rio e perceber que ele corre sozinho, tem seu tempo, faz seu curso e segue livre... A cada lugar que o rio passa, ele vê novas paisagens... e nós, queremos nos fixar! Permanecer! É hora de recomeçar, mudar de casa ou reformar! Assumir responsabilidades, ser dono dela! Com certeza não é fácil, mas vale à pena...

(A.D.)

Quando os anos dobram...



Eu recordo, falava a senhora no círculo de amigas, como eu era. Impetuosa, falava sem pensar. Dizia o que me vinha à cabeça e achava que era dona do mundo. Caprichosa, queria as coisas do meu jeito e gritava, e exigia, sem parar. Meticulosa, atinha-me a mínimos detalhes.

Arrumava o quadro que estivesse um milímetro torto na parede, arrumava o enfeito sobre a mesa. Entrava em casa e meus olhos procuravam algo que estivesse fora do lugar, para eu ter o prazer de colocar no lugar. E reclamar de quem não o colocara exatamente como eu desejava.

Meu armário de roupas era impecável. Todas as roupas alinhadas, divididas por estação, por cores. Eu podia procurar uma roupa no escuro e a encontrar. Mas, ai de quem ousasse mexer no armário. Eu tinha a capacidade de saber se alguém sequer abrira o armário. E era motivo para uma grande discussão. Tinha os livros em uma grande biblioteca. Separados por autor. Por assunto. Tudo em absoluta ordem alfabética para facilitar a busca. Naturalmente, ninguém podia tocar nos livros a não ser que eu apanhasse a obra e a entregasse em mãos. E as recomendações eram inúmeras. “Cuidado com a capa. Não amasse. Lave bem as mãos antes de abrir o livro.”

Sim, eu era assim. Nada do que qualquer pessoa fizesse era suficientemente bom para mim. Eu fazia a limpeza da casa, porque ninguém fazia como eu. E consumia as horas em ordenar, alinhar, agrupar, ajustar. Para tudo ficar sempre impecável. Um brinco. O tempo passou e descobri que eu estava errada em muitas coisas. Quando minha irmã partiu, bruscamente, levada por um acidente de carro, senti o coração despedaçar.

Então, olhando a casa vazia da sua presença, me perguntei de que valia tudo estar em ordem, impecável? Eu daria tudo para que ela estivesse ali, e entrasse e bagunçasse os meus livros, a minha louça, as minhas coisas. Queria vê-la abrir meu armário e escolher uma roupa para vestir, retirando da ordem tanta coisa que estava ali, parada, sem uso.

Depois, partiu meu irmão, minha mãe. Um a um eles se foram. E a cada partida, eu fui descobrindo que o bom é se ter a casa para as pessoas entrarem e se sentirem bem. Viverem, sem serem sufocadas. Descobri que mais importante do que tudo, aquelas presenças, agora ausentes, é o que davam mesmo sentido à minha vida. E então, eu mudei.

Ainda gosto, sim, das coisas arrumadas, em ordem. Mas, sem exageros. Meus sobrinhos entram em minha casa, brincam e pulam, sentindo-se à vontade. Sento-me com eles no chão para folhear os livros, ler histórias, olhar gravuras. E enquanto lemos, comemos pipoca, chocolate. Tomamos suco. Como é bom saborear histórias com alguém ávido de curiosidade. Mesmo que tenha os dedinhos sujos de chocolate ou engordurados pela pipoca.

Meu armário de roupas já não anda tão intocável assim. As sobrinhas adoram procurar algo diferente para usar. Nem que seja para o baile à fantasia com suas amigas. Aprendi a aceitar o trabalho alheio e respeitá-lo. As horas que passaria encerando, limpando, lustrando, lavando, eu dedico às crianças, aos jovens, aos meus amores. Sim, eu mudei muito. A vida me ensinou. Pena que eu tenha precisado receber tantos recados de perdas para poder aprender.

Poderia ter sido muito mais feliz, desde há muito tempo. Agradeço a Deus, no entanto, ter acordado a tempo de ainda desfrutar muitas alegrias na Terra. Sinceramente, espero que ninguém precise passar por isso para aprender.

Autoria: Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pais maus...



O texto abaixo foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da escola Objetivo/Americana, Sr. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem a seus pais. A única condição solicitada pelo mesmo foi de que cada aluno ficasse ao lado dos pais até que terminassem a leitura.


PAIS MAUS...


“Um dia quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu amei-vos o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

- Eu amei-vos o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

- Eu amei-vos o suficiente para vos fazer pagar os rebuçados que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e vos fazer dizer ao dono: “Nós tiramos isto ontem e queríamos pagar”.

- Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o vosso quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).

Estas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também!

E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer:

“Sim, os nossos pais eram maus. Eram os piores do mundo...As outras crianças comiam doces no café e nós só tinhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço e nós tinhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.

“Insistiam que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nossos pais insistiam sempre conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.

E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata”!

“Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos ao voltar)”.

“Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência.

- Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime”.

“FOI TUDO POR CAUSA DOS NOSSOS PAIS!”

“Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como eles foram. EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE:

NÃO HÁ PAIS MAUS SUFICIENTES!”

Autoria:  Carlos Hecktheuer

A maior bronca...



Tínhamos uma aula de fisiologia na Escola de Medicina logo após a Semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e assim a excitação era geral. Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que a turma correspondeu? Que nada!

Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.

Veja o que ele disse:

"Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez.
Desde que comecei a lecionar, isso já faz muitos anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro. Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de uma forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Os outros 95% servem apenas para fazer volume. São medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil. O interessante é que esta porcentagem vale para todo mundo. Se vocês prestarem atenção, notarão que de cem professores apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são realmente especiais.

É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nessa sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores. Mas infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso.

Portanto terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos a aula de hoje."

Nem preciso dizer sobre o silêncio que ficou na sala e no nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre: afinal, quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto?

Hoje não me lembro muita coisa das aulas Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não: só o tempo dirá a que grupo pertencemos.

Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.

(A.D.)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Uma oração para mim...



Que eu tenha a força de ser eu mesma, sempre.
Que eu possa fazer o bem, sem saber o porquê.
Que eu possa ver a luz do dia numa montanha cheia de flores.
Que eu possa ver a imensidão azul do céu.
Que eu descubra, brincando, o formato das nuvens.
Que eu possa valorizar a alma da criança que existe em mim...
Que ao me levantar, enxergue a "Luz" através do sol.
Que diga com amor, o bom dia de cada dia.
Que a minha presença seja sentida, amiga.
Que eu fale sempre o que sinto, como o aroma de absinto, que é leve e encantador.
Que quando estiver no campo, a luz do luar caia sobre meus cabelos.
Que meu pranto só seja de alegria.
Que eu sinta o perfume do orvalho sobre a relva nas noites frias de inverno.
Que eu possa me agasalhar no coração do meu amor quando sentir frio.
Que eu esteja ao seu lado nos dias alegres de verão.
Que eu possa andar na praia e pegar conchinhas.
Que a grandeza do mar seja a energia que recarrega minha alma.
Que a minha existência faça diferença.
Que minhas palavras sejam amáveis e doces e lembrem os brancos cafezais.
Que sejam ouvidas de forma leve, suave, sublime, como anjos cantando.
Que eu possa fazer da minha luz o candeeiro de outros.
Que eu saiba ser sozinha, mesmo na multidão.
Que eu possa andar descalça, de pés no chão.
Que eu sinta o calor e o frescor da terra molhada com cheiro de chuva.
Que eu possa entender o amor dos que não sabem demonstrar o amor que sentem.
Que eu possa entender que nem todos podem me amar...
Mas que eu ame a todos sem distinção, com toda a força e luz do amor que existe em mim.

Autoria: Rosy Beltrão

Feliz por nada...



Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.

(...) Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.

Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre. Adequação e liberdade simultaneamente? É uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto? A vida não é um questionário de Proust. Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria. Que mania de se autoconhecer. Chega de se autoconhecer. Você é o que é, um imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa. Ser feliz por nada talvez seja isso.

Autoria: Martha Medeiros

Ciclos da vida...



"Fiquei pensando como em nossas vidas, cada ciclo... cada tempo, tem um tipo de energia e, se a gente obedece os sinais e as mensagens que nos são passados de muitas formas, fica mais fácil deixar fluir em sintonia com as energias do ciclo em andamento. Há um tempo que é de fazer planos, há um tempo que é de não planejar nada e receber o novo, há um tempo de espera, quando qualquer movimento pode atrapalhar o que está encaminhado, há um tempo de ação... e assim vai.... e a chave é a gente estar aberta para perceber o ciclo em andamento e para fluir em sintonia com esse ciclo. Sei que, às vezes, não é tão fácil soltar nossos planos e desejos porque acreditamos que temos que controlar as coisas para que elas dêem certo... e nem sempre confiamos que as coisas possam dar até mais certo sem o nosso controle... Confiar que existem outros planos melhores que os nossos pode aliviar tanto nossa mente e nos dar uma sensação tão boa de leveza para o presente, que vale a pena tentar... se esse for o seu momento também, relaxe e deixe que o Grande Mistério manifeste os planos que tem para você... Confie que nesses planos, muito além de tudo que você conhece, pode estar incluído um novo e maravilhoso caminho."

Autoria:  Rúbia Dantés

Que assim seja...




Que os meus instantes de egoísmo se desmanchem cada vez mais rápido. Que as minhas expectativas não sejam maiores do que a intenção de que o outro esteja tranquilo. Que a paz que ele possa experimentar seja sempre um perfume que acenda a minha alegria. 

Que o seu conforto seja também um motivo que continue inspirando os meus gestos mais doces e amigos. Que nenhum gesto meu aperte o seu coração, intimide o seu riso, acorde o seu medo, machuque a sua espontaneidade. 

Que as minhas vontades pequenas sejam dissipadas pela lembrança do quanto a sua felicidade me importa. Que ele saiba que, invariavelmente, pode contar comigo, nos tempos de celebração e na travessia das longas noites escuras. É dele também a minha mão. É dele também o meu abraço. É dele também a minha escuta. É dele também o meu olhar amoroso. É dele também os meus melhores sorrisos. 

Que ele entenda que eu não me desapontarei com a sua humanidade, com as suas dificuldades, com os seus territórios feridos, como, com o mesmo acolhimento, não me desaponto com os meus. Que tenha certeza de que eu quero muito que seja livre, saudável, contente; que seja. 

Que tudo aquilo que o preocupa, o desassossega, o faz sofrer, por Deus, seja logo transformado, assim como tudo o que o torna feliz seja mais e mais abençoado. Que alcance toda expansão que busca, todo voo que vislumbra, e possa sempre se lembrar de que é capaz de vencer os mais assustadores e impermanentes limites. 

Que quando todo dia acordar e deitar pra dormir, ele ouça eu dizer o seu nome baixinho nas minhas preces, e sorria por isso daquele jeito bonito. Que, não importa o tamanho da distância, nunca esqueça que o fato de existir mudou pra sempre a minha vida e que o mundo me pareceu muito mais bacana depois que descobri que existia. 

Que se saiba amado muito além do de vez em quando, do por causa de, do se. Que se sinta amado como é, não interessa com que cara a circunstância esteja. Que se sinta amado simplesmente porque é. Que tenha paz. Que tenha paz. Que tenha paz. Ah, é claro, que tenha paz e acesso à alegria mais sincera também. Amém.

Autoria: Ana Jácomo

Seja você mesmo...



"... Não ser ninguém a não ser você mesmo, num mundo que faz todo o possível, noite e dia, para transformá-lo em outra pessoa, significa travar a batalha mais dura que um ser humano pode enfrentar; e jamais parar de lutar..."

Autoria: E. E. Cummings

Sê verdadeiro...



"... Sê verdadeiro para com teu próprio eu interior, e disto decorrerá - como a noite decorre do dia - que não terás capacidade para ser falso com qualquer um de teus semelhantes..."

Autoria: William Shakespeare

A criança em nós...



"... Em cada um de nós dorme um pequeno ser cheio de riso, de alegria, de confiança, um pequeno ser a quem o pseudo-adulto confunde o sério com o triste e não escusta a voz da criancinha que o chama aos gritos e diz alguma coisa como: Quando é o recreio?..."

Autoria: Lyliane Cortadellas

Aprendizado...



"... Aprendizado é isso: de repente, você compreende alguma coisa que sempre entendeu, mas de uma nova maneira..."

Autoria: Doris May Lessing

Vibrações...



"... O Universo não sabe se a vibração que você está emitindo é por algo que você está observando, lembrando ou imaginando. Ele apenas recebe a vibração e responde com a mesma energia..."

Autoria: Abraham Hicks

As crianças...



"... Ainda bem que Deus fez as crianças... Elas me causam orgulho e me enchem de esperança... Elas em sua simplicidade me ensinam como é fácil e gostoso viver em harmonia... Nelas eu vejo uma centelha da vida que, imagino eu, Deus projetou para a humanidade... Estes pequenos seres, ignorados na maioria das vezes, como se nada soubessem da vida, são o espelho para os adultos se mirarem... São elas que no dia-a-dia, com sua maneira fácil, os ensinam o que é e como deve ser a vida..."

(A.D.)

A flor que amava o mar...



Havia uma flor à beira de um rio que se apaixonou pelo mar. Talvez por ouvir o sussurro das águas do rio, que corriam ansiosas para desembocarem na sua imensidão, passou a amar profundamente aquele ser conhecido apenas pelo ouvir falar do vento e dos pássaros. Apaixonou-se por alguém que nunca viu, mas nunca viu; de longe ouvia o canto ritmado das ondas e se imaginava naqueles braços, numa dança contínua da qual só os que têm em si muito amor sabem o ir e vir. Sonhava com o dia em que pudesse estar envolvida por aquele tão admirado e imenso ser. E sentiria suas pétalas acarinhadas por alguém que, certamente, lhe saberia a alma de flor delicada...

Tanto sonhou e pediu, que um pássaro, sensibilizado, mesmo avisando-lhe do risco que corria, atendeu seu pedido de cortar-lhe a haste. Seguindo o rio e deixando-se levar pela correnteza, iria ao encontro de seu querido e a ele juntar-se-ia para sempre...

Caindo no rio, sentiu de imediato seu corpo gelar naquelas águas rudes e fortes que a arrastavam rapidamente. A princípio, gostou daquela velocidade com que ia ao seu destino. Depois sentiu a primeira mordida de um peixe que lhe amputou parte de uma pétala; começou, então, seu caminho de sofrimento. Troncos no meio do caminho insistiam em lhe obstruir a passagem e, cega, sendo levada pela força da água, batia contra pedras que iam lhe dilacerando e tirando sua beleza de flor. Enormes cachoeiras traziam quedas violentas. Medo vencido por uma determinação de quem sabe o que quer. Mesmo quase desmaiada e toda machucada, levava consigo o alento de ir encontrar com seu amor. Todas as dores do mundo não se comparavam à felicidade de realizar o seu sonho. Tudo vale a pena quando se ama...

Até que, muitos dias depois, totalmente deformada e quase inconsciente, viu chegado o momento com o qual sonhou. As águas do rio encontravam-se com o mar com tanto ímpeto que, no encontro, foi arremessada para cima. Naquele exato instante, olhou para o céu e agradeceu a Deus por haver chegado a quem tanto amou. E seus pedaços boiaram inertes sobre aquelas águas que, minutos depois, sequer lembrariam daquela pequenina criatura - um dia tão linda - Flor. Poucos, além dos pássaros e do vento, souberam da flor, mas ela realizou seu sonho. Conheceu o mar!

Na vida, não podemos reclamar dos caminhos que escolhemos. Qualquer caminho é uma opção nossa. Até morrer de amor. Pensando nisso, entre duas lágrimas com gosto de sal e o esboço de um sorriso irônico, de repente, me dei conta de uma coisa: - Eu conheci o mar!

Autoria: Paulo Moreira

O amor...



"... Amor é radiância, a fragância de conhecer a si mesmo, de ser você mesmo. Amor é uma alegria transbordante. Amor é quando você viu quem você é; então não resta nada exceto compartilhar o seu ser com outros. Amor é quando você viu que não está separado da existência. Amor é quando você sentiu uma unidade orgânica, com tudo que é. Amor não é um relacionamento. Amor é um estado de ser; não tem nada a ver com nenhuma outra pessoa. A pessoa não está em Amor, ela é amor. E é obvio que quando alguém é amor, ele está em amor – mas isso é uma conseqüência, um subproduto, não é a fonte. A fonte é que a pessoa é amor. Amor é quando você conheceu o seu céu interior. Amor é um profundo desejo de abençoar a existência toda... O amor é algo eterno...."

Autoria: Osho

O real...



"... O real não está nem na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia..."

Autoria: Guimarães Rosa

Amor divino...



"... É sempre animador estender o Amor Divino. Liberar a tentação de olhar para fora na busca da “fonte do amor” e em vez disso, estender o Amor interior é a chave para a felicidade duradoura. Pois o Amor é como uma nascente borbulhante que nunca acaba, e quanto mais estendemos o Amor, mais estamos cientes de que temos o Amor e somos Amor. O Amor não faz distinções e não discrimina, pois o Amor banha tudo gentilmente em sua Luz. É isto que faz do Amor uma dádiva para todos. O mundo foi feito como um substituto para o Amor Divino que irradia e brilha sem limitação, condição ou restrição... O Amor Divino é livre e é dado livremente. O Amor Divino não conhece fios ou apegos, pois ele flui tão poderosamente, tão silenciosamente, tão alegremente e tão livremente quanto um Grande Rio. Não podemos direcionar o Curso do Amor. Podemos nos entregar à Corrente do Amor Divino e ela nos carregará até que felizmente damos conta de que a Presença do Amor Divino, do Eu sou, é o nosso verdadeiro Ser em Deus. O Amor de Deus é Eterno e assim todo o resto que parece existir irá se desmanchar e desaparecer quando nos lembramos da Eterna Luz do Amor Divino. Bênçãos a você, Santa Criança de Deus!..."

Autoria: David Hoffmeister

A beleza...

 

"... Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto..."

Autoria: Rubem Alves

Generosidade...



"... A generosidade com relação às dificuldades alheias começa também no contato mais vívido com a certeza da existência das nossas. Quem tem consciência das próprias limitações sabe o quanto às vezes é dificílimo dar um passo, o primeiro deles, fora do território de alguns sentimentos. Por mais que a alma nos peça incansavelmente. Por mais que, de vez em quando, ela pareça inventar pretextos só para nos impulsionar. Por mais que saiba, por histórico, que o primeiro passo ainda não é garantia de caminhada, mas já é avanço e esperança..."

Autoria: Ana Jácomo

Espelhos...



"... Meu relacionamento primário é comigo mesmo. Todos os outros são espelhos. Quando eu aprendo a me amar, eu automaticamente recebo o amor e apreço que desejo dos outros. Se estou comprometido comigo, vou atrair os outros com o mesmo empenho. Minha vontade de ter intimidade com meus próprios sentimentos profundos cria o espaço de intimidade com o outro..."

Autoria: Shakti Gawain

Uma prece...




Que os meus instantes de egoísmo se desmanchem cada vez mais rápido. Que as minhas expectativas não sejam maiores do que a intenção de que o outro esteja tranquilo. Que a paz que ele possa experimentar seja sempre um perfume que acenda a minha alegria. Que o seu conforto seja também um motivo que continue inspirando os meus gestos mais doces e amigos. Que nenhum gesto meu aperte o seu coração, intimide o seu riso, acorde o seu medo, machuque a sua espontaneidade. Que as minhas vontades pequenas sejam dissipadas pela lembrança do quanto a sua felicidade me importa. Que ele saiba que, invariavelmente, pode contar comigo, nos tempos de celebração e na travessia das longas noites escuras. É dele também a minha mão. É dele também o meu abraço. É dele também a minha escuta. É dele também o meu olhar amoroso. É dele também os meus melhores sorrisos. Que ele entenda que eu não me desapontarei com a sua humanidade, com as suas dificuldades, com os seus territórios feridos, como, com o mesmo acolhimento, não me desaponto com os meus. Que tenha certeza de que eu quero muito que seja livre, saudável, contente; que seja. Que tudo aquilo que o preocupa, o desassossega, o faz sofrer, por Deus, seja logo transformado, assim como tudo o que o torna feliz seja mais e mais abençoado. Que alcance toda expansão que busca, todo voo que vislumbra, e possa sempre se lembrar de que é capaz de vencer os mais assustadores e impermanentes limites. Que quando todo dia acordar e deitar pra dormir, ele ouça eu dizer o seu nome baixinho nas minhas preces, e sorria por isso daquele jeito bonito. Que, não importa o tamanho da distância, nunca esqueça que o fato de existir mudou pra sempre a minha vida e que o mundo me pareceu muito mais bacana depois que descobri que existia. Que se saiba amado muito além do de vez em quando, do por causa de, do se. Que se sinta amado como é, não interessa com que cara a circunstância esteja. Que se sinta amado simplesmente porque é. Que tenha paz. Que tenha paz. Que tenha paz. Ah, é claro, que tenha paz e acesso à alegria mais sincera também. Amém.

Autoria: Ana Jácomo

quinta-feira, 14 de junho de 2012

O tempo...

 
 
O raio jamais feriria a casa, se a casa não o atraísse. A casa é tão responsável pela sua ruína quanto o raio.

Um touro jamais chifrará um homem, se o homem não o convidar a chifrá-lo. E, na verdade, aquele homem deve responder mais pelo seu sangue do que o boi.

O assassinado afia o punhal do assassino, e ambos desferem o golpe fatal.

O roubado dirige os movimentos do ladrão, e ambos cometem o roubo.

Sim, o Homem convida as suas próprias calamidades e depois protesta contra os hóspedes importunos, por se haver esquecido quando e como escreveu e enviou os convites. O Tempo, no entanto, jamais esquece; e o Tempo, a tempo e horas, entrega o convite no endereço certo; e o Tempo conduz cada convidado à casa do anfitrião.

Autoria: Shakyamuni

O tempo...



O raio jamais feriria a casa, se a casa não o atraísse. A casa é tão responsável pela sua ruína quanto o raio.

Um touro jamais chifrará um homem, se o homem não o convidar a chifrá-lo. E, na verdade, aquele homem deve responder mais pelo seu sangue do que o boi.

O assassinado afia o punhal do assassino, e ambos desferem o golpe fatal.

O roubado dirige os movimentos do ladrão, e ambos cometem o roubo.

Sim, o Homem convida as suas próprias calamidades e depois protesta contra os hóspedes importunos, por se haver esquecido quando e como escreveu e enviou os convites. O Tempo, no entanto, jamais esquece; e o Tempo, a tempo e horas, entrega o convite no endereço certo; e o Tempo conduz cada convidado à casa do anfitrião.

Autoria: Shakyamuni

O silêncio da mente...



Para ver muito claramente, sem qualquer confusão, a mente deve estar completamente em silêncio.

Se eu quiser ver, ou entender, minha mente deve parar de tagarelar.

Obviamente. no estado do monólogo incessante, conversa mental, conversando, não é possível ver nada claramente.

É somente quando a mente está quieta que você vê claramente.

Tranqüilidade da mente vem a ser só quando você vê toda a implicação do medo, da autoridade, do tempo e da distância entre o observador e o observado, quando você vê toda a estrutura. Para ver toda a estrutura, obviamente, a sua mente deve estar calma, é preciso aprender a olhar - não para as coisas mais complexas, mas só de olhar para uma árvore ou uma flor, uma nuvem - sem qualquer movimento do pensamento - apenas para olhar.

A mente não pode ver o novo, porque está constantemente a viver no passado, o passado que é o sistema.

Quando você diz 'Eu sou um cristão ", ou" eu sou hindu ", é o passado que fala e não pode ver nada de novo.

Atenção não tem motivo. Quando há um motivo de atenção, há atenção?

Se eu prestar atenção, a fim de adquirir algo, uma aquisição, quer seja boa ou má, não é atenção, é uma distração.

Uma divisão.

Não pode haver bondade, apenas quando há uma totalidade de atenção na qual não há nenhum esforço para ser ou não ser.

Pode a mente estar livre de ocupação?

Isto significa, a mente pode ser completamente sem estar ocupado e deixar a memória, os pensamentos bons e maus, passam sem escolher?

No momento em que a mente está ocupada com um pensamento, bom ou ruim, então ele está preocupado com o passado ...

Se você realmente ouvir e não apenas meramente verbal, mas na verdade profundamente, então você vai ver que não há estabilidade que não é de a mente, que é a liberdade do passado.

Uma mente que é ambiciosa, nunca pode saber o que é simpatizar, ter piedade, amor.

Uma mente ambiciosa é uma mente cruel espiritualmente, ou exteriormente ou interiormente.

Se a mente não está superlotada, não incessantemente ocupada, então ela pode ouvir o ladrar do cão, o som de um trem que cruza a ponte distante, e também estar plenamente consciente do que está sendo dito por uma pessoa falando aqui.

Então, a mente é uma coisa viva, ela não está morta.

Se você puder dar total atenção sem ser absorvida em alguma coisa, e sem qualquer sentimento de exclusão, então você vai descobrir o que é meditar, porque na medida em que a atenção não há nenhum esforço, nenhuma divisão, nenhuma luta, nenhuma busca de um resultado .

Assim, a meditação é um processo de libertar a mente de sistemas, e de dar atenção ou sem ser absorvida, ou fazendo um esforço para se concentrar.

Autoria: Jiddu Krishnamurti