As mãos que tratam o gado, apanham nuvens nas noites de chuva e enfrentam tormentas nas horas de solidão. Sagradas são as mãos do pastor, do laçador que boleia o laço e movimenta rebanhos por campos de trigo. Sempre haverá mãos prontas para o abraço dos desesperados ou para evocar a fuga de leões marinhos. Mãos que buscam anjos, que levam naves pelo espaço, que trazem estrelas e as espalham nos lagos e cisternas. Mãos que apenas querem, desvendar vias por praias desertas, pondo o mar no caminho das ondas. Maior que nossos sonhos, todos os dias sentimos o rosto preso entre as mãos... sentimos o corpo queimar, arder em busca do sol, onde repousam nossas mãos.
Autoria: Onévio A. Zabot
Nenhum comentário:
Postar um comentário