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sexta-feira, 18 de maio de 2012

De que lhe serve a compreensão?




A ilusão precisa se tranquilizar e ela se tranquiliza compreendendo. Então, eu lhe diria: faça calar a compreensão.

Porque quem procura é sempre o ego, sempre a personalidade ou a ilusão do Si. A partir do instante em que você aceita que não há nada a procurar e nada a encontrar, eu posso dizer-lhe que, nesse momento, a fruta está madura.

Porque a compreensão, como o caminho, como a estrada, não são, em definitivo, mais do que obstáculos que o impedem de viver, de penetrar o que sempre lhe penetrou: o Absoluto.

Quem quer compreender, senão o ego?

A pesquisa deve ser séria, o mental gosta muito do que é sério, do que é lógico.

Ocupa esse saco de comida como tu quiseres, como tiveres necessidade, mas não o alimentes com a espiritualidade. Não o alimentes mais de uma busca ou de uma pesquisa.

Não há carma, exceto para a personalidade. Não há busca, exceto para o ego.

E quanto mais tu procuras, menos encontras.

A partir do momento em que a pergunta dá uma resposta que não é compreendida, tu estás no caminho certo, porque o mental não se pode alimentar.

E eu vos digo que a ignorância, nesse aspecto ilusório, é o que vos conduz, da maneira mais segura, a ser Absoluto.

Eu vos disse que a busca espiritual é uma fraude total.

Toda a fraude espiritual está aí: de vos fazer crer que vocês vão melhorar, beneficiar, evoluir, subir a qualquer parte.

Como podes tu ousar imaginar procurar aquilo que tu És? Apercebe-te do ridículo.

Todo o conhecimento não é senão uma hipocrisia. Não sejam mais hipócritas, olhem as coisas de frente, elas não existem. Desembaracem-se de tudo o que vos embaraça, em consciência.

O teu conhecimento não te servirá para nada: o que ele se torna quando tu morres? De que te servem teus conhecimentos? Estritamente para nada, para preencher o vazio, enquanto tu não estás vazio. Tu já estás cheio do que tu És, e isso não depende de qualquer conhecimento.

(A.D.)

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