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sábado, 2 de abril de 2011

Nossos filhos...

 
 
 
Dizem que em certa ocasião, uma mulher que levava uma
criança nos braços, propôs a Gibran: “Mestre, falemos dos filhos”.
E ele respondeu: Seus filhos não são seus filhos.

São os filhos e as filhas
dos desejos que a vida
tem de si mesma Vêm através de vocês, mas não são de vocês
e, ainda que vivam com vocês, não lhes pertencem.
Podem dar-lhes seu amor, mas não seus pensamentos,
pois eles têm seus próprios pensamentos.

Podem abrigar seus corpos,
mas não suas almas, porque suas almas
moram na casa do amanhã,
que nem mesmo em sonhos
lhes será permitido visitar.

Podem empenhar-se para ser como eles,
mas não tentem fazer como vocês fizeram,
porque a vida não anda para trás,
nem se detém no ontem.

Vocês são o arco por meio do qual seus filhos
são disparados como flechas vivas.

O arqueiro vê o alvo sobre o caminho do infinito
e dobra o arco com toda a força, a fim de que
suas flechas partam velozes e para muito longe.

Que o fato de estarem nas mãos do arqueiro
seja para suas felicidades, porque, assim como
ele ama a flecha que dispara,
ama também o arco que permanece firme.

Por isto vocês tiveram a liberdade de amar
e a oportunidade de viver e fazerem suas vidas.

Deixem que seus filhos voem sós de seus ninhos
quando chegar a hora e não lhes reclamem para que voltem.

Eles os quererão para sempre
e terão também seus lares,
nos quais, algum dia, ficarão sós,
porém terão sido seus lares e suas vidas.
Deixem-nos livres.

Amem-nos com liberdade,
não apaguem o fogo de suas vidas.
Vivam e deixem viver,
assim eles os quererão sempre.

Autoria: Gibran Kalil Gibran

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