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domingo, 10 de abril de 2011

Egocentrismo e altruísmo...

 
 
 
 
Muitos povos se consideravam o centro do Universo. Os judeus julgavam-se o povo eleito, os gregos, assim como os incas acreditavam serem os filhos do Sol. Até se consideravam geograficamente numa situação superior, os judeus achavam que Jerusalém se encontrava no meio da terra, os chineses também se consideravam o país do meio, o Japão, o país do Sol nascente, o Tibete o tecto do mundo, os gregos achavam que Delfos era o umbigo do mundo.

            Todos os povos se consideravam os mais importantes e os mais fortes. Não admira que os nossos antepassados se julgassem que estavam no centro do Universo, pois eram geocêntricos. Foi preciso aparecer Copérnico que defendeu a ideia já divulgada pelos antigos gregos que não era o Sol, nem os outros astros que rodavam à volta da Terra, mas todos esses astros incluindo a Terra circulavam à volta do Sol. A Cristandade estremeceu com as novas ideias de Copérnico, o nosso planeta iria perder o privilégio de ser o centro.
            De centro do universo, concluiu-se que a Terra era o nosso ponto de observação, pois que daí se podia observar e estudar todo o infinito do universo.

            Muitas pessoas ainda se consideram o centro do universo, como crianças mimadas que ainda não amadureceram, querem ser o centro de todas as atenções. Muitas pessoas ainda se consideram superiores a outros povos, devido à sua nacionalidade, à etnia, cultura ou religião.
            Todos têm importância, porque todos somos importantes, e todos precisamos de uns dos outros. Comparando com o corpo humano todos os órgãos exercem determinadas funções que são vitais, e que contribuem para a unidade e funcionamento da vida. Se o coração é essencial, como poderia ele exercer as suas funções sem a ajuda do cérebro, e sem os membros inferiores e superiores poderia haver evolução?!

Quem é o maior: o rei, o sacerdote, ou o chefe de família? Essa pergunta foi feita à milhares de anos na antiga e mística Índia. A resposta foi dada: cada qual é grande no seu reino. Conheci um rico e sábio filósofo, que desesperadamente procurou todo o dia por um canalizador a quem ele chamava idiota e ignorante. Apesar de todo o saber que esse homem possuía sentia-se impotente e procurava ajuda ao homem a quem ele chamava-o de iletrado e analfabeto. Todos têm a sua importância, na execução das suas funções, todos precisamos uns dos outros.

O egocêntrico, é uma forma de egoísmo, em que tudo gira em favor dos seus interesses. O exagero do egoísmo leva à egolatria, pois o ególatra amplifica o seu próprio eu, tudo submete em favor dele próprio, por vezes em prejuízo dos outros. O filósofo Schopenhauer chegou a exagerar a pretensão do egoísta “de matar um homem para aproveitar a gordura do morto e com ela untar as suas botas.”   Ao contrário, o altruísta por vezes se esquece de si próprio e partilha o seu amor com o próximo e com a humanidade. As diferenças entre indivíduos são tão grandes como as que existem entre as diferentes culturas. Todos somos peças fundamentais, no nosso ecossistema, incluindo os animais. 

O prazer de se sentir diferente, está na compreensão da variedade de culturas, de hábitos, de filosofias de vida e de religiões. Todos somos iguais, todos habitamos o mesmo planeta e todos somos apenas um ponto de observação, para a compreensão do próximo e para a nossa evolução espiritual, intelectual e altruísta, só assim poderemos chegar à mente tranquila. 
 
Autoria: Kiber Sitherc

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