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terça-feira, 23 de julho de 2013

As defesas mantêm vivas as velhas feridas...





"... Mecanismos de defesa não curam. Na melhor das hipóteses, são curativos emocionais que você põe sobre os ferimentos, como para estancar o fluxo do medo e da dor. Tal como ocorre com os ferimentos físicos, mais cedo ou mais tarde você precisa tirar os curativos para que a cura aconteça. Do contrário, o ferimento se infecciona, e a dor se espalha.

O fortalecimento e a cura costumam começar com o afastamento de mecanismos de defesa como o medo, negação, repressão, cinismo, raiva, controle, abuso de substâncias, distúrbios alimentares, etc. As defesas garantem espaço, mas não o curam, não o fortalecem e não resolvem seus problemas. Na verdade, podem aumentar seus problemas, caso você insista em ficar com eles.

Um mecanismo de defesa protege você de qualquer coisa "excessiva", ou seja, medo em demasia, dor em demais, tristeza em demasia, estresse em demasia e também amor em demasia, alegria em demasia, criatividade em demasia, Deus em demasia. Um professor que tive, disse certa vez, 'O homem se defende do medo porque se defende de Deus. Quando você diz 'sim' para Deus, o medo vai embora'.

Mecanismos de defesa são coisas do ego. Quando você se defende, está defendendo seu ego, seus medos, suas fraquezas imaginárias. Aquilo que você defende torna-se real, ou seja, quanto mai você defende o seu ego, mais você se identifica com ele e mais se abriga do verdadeiro espírito, da verdadeira inspiração e do verdadeiro poder.

Dizer que as defesas o fortalecem é um mito. Não é possível ficar na defensiva e ser livre. Não é possível reprimir emoções e se sentir íntegro. Não é possível erguer um muro à sua volta e se ligar a Deus. Não é possível ficar ao lado do medo e também ficar aberto ao amor.

Afastar as defesas abre caminho para a verdadeira cura, o verdadeiro amor e a verdadeira força. Quando você sente alegria, está ouvindo seu espírito. Não é o perigo que vem quando você abaixa suas armas. É a cura. É a alegria. É a inspiração. É a liberdade..."

Autoria: Robert Holden

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