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terça-feira, 10 de maio de 2011

Vida Divina...



Quando o homem reúne e concentra suas forças,
sente que a própria Vida Divina não se furta a influir ativamente sobre ele
e a reanimá-lo com seu fogo brando e vivificador.

Essa Vida Divina que o formou não teme formá-lo novamente.
Após tê-lo formado de novo, ela não teme estabelecer-se
nele e sustentá-lo por suas santas influências;
e após ter-se estabelecido nele e o haver sustentado por suas santas influências,
não teme transmitir-lhe a alegria da qual ela é a fonte e da qual ela própria se
nutre perpetuamente.

Nessa operação, o homem toma realmente uma nova característica, pois é de tal maneira penetrado pela Luz Divina, que o seu interior se torna resplandecente, originando-se aí como que um sol vivo e brilhante que o seu corpo material não pode conhecer. Esse é um dos sentidos da passagem de São João: a luz brilha nas trevas,  e as trevas não a compreenderam; ele veio até os seus domínios,  e os seus não o receberam.

Se o homem dirigisse mais cuidadosamente seu olhar para seu ser interior,
Certamente descobriria em si esse sol radiante
e o veria fisicamente com os olhos do seu espírito,
da mesma forma que pode ver num espelho a beleza do seu rosto 
com seus olhos materiais. Porque ele tem sempre, diante do seu ser interior,
um espelho vivo que refletirá seu esplendor naturalmente.

Ele se verá acompanhado, à direita e à esquerda, por Deus,  que não cessa 
de preservá-lo e defendê-lo e que foi operante  temporariamente 
nas duas alianças, ou iniciações espiritual e divina,
tendo sido representado em corpo aos três discípulos 
do salvador pelos precursores dessas iniciações Moisés,
que conduzirá o povo até as portas da terra prometida, e Elias, 
que viera preparar os caminhos para a aliança eterna da paz e da santidade.
Pois o salvador revelou nessa transfiguração os caminhos que o
homem deveria seguir para retornar ao reino da vida.

Autoria: Louis Claude Saint Martin

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