Vosso eu nada mais é do que vossa consciência de Ser, silenciosa e incorpórea, que se faz sonora e corpórea. É o inaudível que se torna audível; o invisível que se torna visível; a visão que vos permite ver o que não se vê; a audição que vos permite ouvir o que não se ouve. Ainda tendes presos os vossos olhos e os vossos ouvidos. E se não virdes com os vossos olhos e não ouvirdes com os vossos ouvidos, nada vereis e nada ouvireis.
Basta que penseis eu, e um mar de pensamentos se agitará dentro de vossas cabeças. Esse mar é uma criação de vosso eu, que é, ao mesmo tempo, o pensador e o pensamento. Se tendes pensamentos que apunhalam, que mordem o despedaçam, ficai certos de que somente o eu-em-vós lhes deu o punhal, os dentes ou as garras.
Desejo que saibais: aquele que pode dar pode também retirar.
Basta sentirdes eu para abrirdes uma fonte de sentimentos em vossos corações. Essa fonte é uma criação de vosso eu, o qual é, ao mesmo tempo, aquilo que sente e aquilo que é sentido. Se existem urzes espinhosas em vosso coração foi unicamente o eu-em-vós que lá as plantou.
Quero que saibais que quem pode facilmente plantar, também pode, facilmente, arrancar.
Pelo mero pronunciar eu, trazeis à vida uma multidão de palavras, cada qual símbolo de uma coisa; cada coisa, símbolo de um mundo; cada mundo, parte de um universo. Esse universo é criação de vosso eu, o qual é, ao mesmo tempo, o criador e a criatura.
Se houver alguns duendes em vosso universo, podeis estar certos de que o vosso eu foi quem o criou e quem cria também pode destruir.
Tal como o criador, assim é a criatura. Poderá alguém criar algo superior a si mesmo? Ou criar algo inferior a si próprio? Só a si mesmo - nem mais, nem menos - o criador procria.
O eu é uma fonte da qual tudo flui e à qual tudo reflui. Tal qual a fonte, assim é a correnteza.
O eu é uma varinha mágica. Não pode, porém a varinha fazer surgir coisa alguma que não esteja no mágico. Tal como é o mágico, assim é aquilo que a sua varinha produz.
Conforme for a vossa Consciência, assim será o vosso eu. Conforme for o vosso eu, assim será o vosso mundo. Se o vosso eu for claro e tiver um significado definido, vosso mundo será claro e terá um significado definido; então vossas palavras jamais serão confusas e as vossas obras jamais serão ninhos da dor.
Se o vosso eu for obscuro e incerto, vosso mundo será obscuro e incerto; e vossas palavras serão emaranhadas e confusas e as vossas obras serão ninhos de dor.
Se o vosso eu for constante e paciente, vosso mundo será constante e paciente; sereis então mais poderosos do que o Tempo e mais espaçosos do que o Espaço.
Se o vosso eu for passageiro e inconstante, vosso mundo será passageiro e inconstante; e vós sereis uma baforada de fumaça que o sol em pouco irá desfazer.
Se o vosso eu for uno, vosso mundo será uno; e vós tereis a paz eterna com todas as hostes celestiais e os habitantes da Terra. Se o vosso eu for múltiplo, vosso mundo será múltiplo; e estareis em perpétua guerra convosco mesmo e com todas as criaturas dos domínios imensuráveis de Deus.
O eu é o centro de vossa vida de onde irradiam as coisas que constituem a totalidade de vosso mundo e para o qual elas convergem.
Se ele for firme, o vosso mundo será firme; e não haverá forças em cima ou em baixo que vos possam desviar para a direita ou para a esquerda.
Se for instável, vosso mundo será instável; e sereis um folha indefesa colhida pelo terrível redemoinho do vento. Alerta! Eis que o vosso mundo é firme, não há dúvida, somente, porém, na instabilidade. E o vosso mundo é certo unicamente na incerteza. E é constante o vosso mundo, mas tão só na inconstância. E o vosso mundo é uno, mas somente na multiplicidade.
Fonte: O Livro de Mirdad
Basta que penseis eu, e um mar de pensamentos se agitará dentro de vossas cabeças. Esse mar é uma criação de vosso eu, que é, ao mesmo tempo, o pensador e o pensamento. Se tendes pensamentos que apunhalam, que mordem o despedaçam, ficai certos de que somente o eu-em-vós lhes deu o punhal, os dentes ou as garras.
Desejo que saibais: aquele que pode dar pode também retirar.
Basta sentirdes eu para abrirdes uma fonte de sentimentos em vossos corações. Essa fonte é uma criação de vosso eu, o qual é, ao mesmo tempo, aquilo que sente e aquilo que é sentido. Se existem urzes espinhosas em vosso coração foi unicamente o eu-em-vós que lá as plantou.
Quero que saibais que quem pode facilmente plantar, também pode, facilmente, arrancar.
Pelo mero pronunciar eu, trazeis à vida uma multidão de palavras, cada qual símbolo de uma coisa; cada coisa, símbolo de um mundo; cada mundo, parte de um universo. Esse universo é criação de vosso eu, o qual é, ao mesmo tempo, o criador e a criatura.
Se houver alguns duendes em vosso universo, podeis estar certos de que o vosso eu foi quem o criou e quem cria também pode destruir.
Tal como o criador, assim é a criatura. Poderá alguém criar algo superior a si mesmo? Ou criar algo inferior a si próprio? Só a si mesmo - nem mais, nem menos - o criador procria.
O eu é uma fonte da qual tudo flui e à qual tudo reflui. Tal qual a fonte, assim é a correnteza.
O eu é uma varinha mágica. Não pode, porém a varinha fazer surgir coisa alguma que não esteja no mágico. Tal como é o mágico, assim é aquilo que a sua varinha produz.
Conforme for a vossa Consciência, assim será o vosso eu. Conforme for o vosso eu, assim será o vosso mundo. Se o vosso eu for claro e tiver um significado definido, vosso mundo será claro e terá um significado definido; então vossas palavras jamais serão confusas e as vossas obras jamais serão ninhos da dor.
Se o vosso eu for obscuro e incerto, vosso mundo será obscuro e incerto; e vossas palavras serão emaranhadas e confusas e as vossas obras serão ninhos de dor.
Se o vosso eu for constante e paciente, vosso mundo será constante e paciente; sereis então mais poderosos do que o Tempo e mais espaçosos do que o Espaço.
Se o vosso eu for passageiro e inconstante, vosso mundo será passageiro e inconstante; e vós sereis uma baforada de fumaça que o sol em pouco irá desfazer.
Se o vosso eu for uno, vosso mundo será uno; e vós tereis a paz eterna com todas as hostes celestiais e os habitantes da Terra. Se o vosso eu for múltiplo, vosso mundo será múltiplo; e estareis em perpétua guerra convosco mesmo e com todas as criaturas dos domínios imensuráveis de Deus.
O eu é o centro de vossa vida de onde irradiam as coisas que constituem a totalidade de vosso mundo e para o qual elas convergem.
Se ele for firme, o vosso mundo será firme; e não haverá forças em cima ou em baixo que vos possam desviar para a direita ou para a esquerda.
Se for instável, vosso mundo será instável; e sereis um folha indefesa colhida pelo terrível redemoinho do vento. Alerta! Eis que o vosso mundo é firme, não há dúvida, somente, porém, na instabilidade. E o vosso mundo é certo unicamente na incerteza. E é constante o vosso mundo, mas tão só na inconstância. E o vosso mundo é uno, mas somente na multiplicidade.
Fonte: O Livro de Mirdad
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