Uma jovem, achou na rua uma carteira ao abri-la, verificou os documentos, e descobriu a morada do possuidor do achado, como era honesta resolveu lá ir entregá-la. As pessoas da casa agradeceram, e ela ficou satisfeita por ter feito uma boa acção, mas quando fecharam a porta ela ouviu os comentários: “Se houvesse mais dinheiro ela não nos entregaria a carteira!”
A rapariga quando me encontrou soluçava, contou-me o que lhe tinha acontecido e nas suas lamentações confessou: que precisava tanto de dinheiro, que por ser honesta resolveu entregar a carteira ao dono, e que ainda por cima ouviu semelhante crítica. Ela repetia: “Como há pessoas ingratas, como é possível haver tanta maldade?!... “
A rapariga quando me encontrou soluçava, contou-me o que lhe tinha acontecido e nas suas lamentações confessou: que precisava tanto de dinheiro, que por ser honesta resolveu entregar a carteira ao dono, e que ainda por cima ouviu semelhante crítica. Ela repetia: “Como há pessoas ingratas, como é possível haver tanta maldade?!... “
Lembro-me de uma cliente que me consultava todos os anos, que me repetia a mesma lengalenga da ingratidão da sua irmã, que tanto a prejudicou e à mãe, ambas já tinham morrido à muito tempo, mas ela continuava com a mesma ladainha, como se tudo aquilo tivesse acontecido naquele momento, como ambas ainda fossem vivas. Muitas pessoas, vivem ressentidas pela ingratidão, lamentam-se de tudo aquilo que receberam em troca: o que fizeram pelos amigos; o que fizeram pelos irmãos; o que fizeram pelos pais... pelos filhos e que só receberam mau pago, injustiças e calúnias.
Lembrai-vos que o Mestre curou num dia, dez leprosos, e sabe quantos lhe agradeceram? Apenas um, que se prostrou a seus pés em agradecimento. “Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?” Perguntou o Mestre aos discípulos. Ora, se até o próprio Cristo conheceu a ingratidão, por que deveremos esperar sempre pela gratificação? Devemos aceitar tal como ela é a natureza do ser humano, e não como desejaríamos que fosse. Se nada esperarmos dos outros e formos contemplados por gratidão, será uma deliciosa surpresa.
Os sentimentos ensinam-se e aprendem-se desde a infância. Se os pais são ingratos os filhos poderão aprender com eles, se eles exigem demasiado dos outros os filhos poderão esperar o mesmo. Quando os pais não dão o devido valor, às pequenas dádivas e fazem os seus comentários pejorativos: “Ela não esteve para gastar muito dinheiro, comprou isto na loja dos chineses”. Os filhos imitam-nos e tornam-se exigentes e egoístas.
Algumas dicas para se tornar imune à ingratidão:
1) Quando dar nunca espere por gratificação,
dessa maneira nunca ficará decepcionado.
2) Há vantagem de darmos a quem não nos possa retribuir,
2) Há vantagem de darmos a quem não nos possa retribuir,
dessa maneira não poderemos esperar por recompensas materiais.
3) Se ficarmos gratos só pela amizade, não necessitaremos de retribuições.
3) Se ficarmos gratos só pela amizade, não necessitaremos de retribuições.
Exercício para eliminar a angústia da ingratidão:
Visualize uma cena em que houve a ingratidão, ou a pessoa que lhe foi ingrata. Dê relevo e brilho a essa imagem, agora escureça a imagem, reduza-a a uma pequenez insignificante, até que desapareça.
Como disse Paulo de Tarso: “Nada trouxemos para este mundo e nada podemos levar dele”. Por isso, o mundo não nos deve nada!
Paulo de Tarso também disse: “Não seja blasfemado o vosso bem”. Devemos ser gratos pelo pouco que nos resta; mesmo pelas coisas mais simples que nos aconteçam. Agradeça por tudo aquilo que lhe acontece de bom; a única maneira de encontrar a felicidade é não esperar gratidão, mas dar pela satisfação de dar.
Autoria: Kiber Sitherc
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