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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Por onde anda nossa alma?





Como saber por onde anda a minha Alma, se estou sempre com pressa e presa a tantos compromissos? Somos seres que vivemos inebriados pela ação, intoxicados pelo tempo, preenchido em constante atividade, pressão, agitação... Parar e pensar em Alma??? Tá louco??? Onde poderia me levar momentos de passividade e quietude com tanta coisa que tenho para pensar, fazer, resolver? Exatamente ao encontro de nossa Alma. O silêncio depois do barulho, a reflexão depois do movimento, a paz depois da agitação é altamente importante, vital e benéfica. Quem de nós realiza serenamente a maioria de nossas tarefas? Estamos fazendo aqui, pensando no que faremos ali, daqui há uma hora, logo mais, o dia seguinte, a semana que vem... Ufa!!! Quem agüenta? Oprimidos pela realidade do tempo, não percebemos a vida, por debaixo da vida. Preocupados em nos servir da autocultura intelectual desprezamos a vida contemplativa e espiritual, como se a primeira nos bastasse. Sim, é claro que agrada a mentalidade materialista, que ainda vê as experiências espirituais como desperdício de tempo. Ainda alguns relegam devotos da passividade, ao asilo da esquisitice, do embuste, da insanidade mental. Pois é exatamente neste asilo da quietude que nos encontramos com a nossa verdadeira face. Onde somos apresentados ao nosso maior companheiro de jornada. Aquele que nos dá o alimento espiritual, a paz e as respostas às nossas indagações.

PADRE FÁBIO DE MELO TECE COMENTÁRIOS SOBRE CHICO XAVIER...

Assisti a entrevista que o Padre Fábio de Melo concedeu à jornalista Marília Gabriela no canal SBT - Sistema Brasileiro de Televisão no último domingo, 20/06/2010. Entre os inúmeros assuntos abordados, ele narrou um pitoresco fato envolvendo uma fiel que o procurou para falar acerca de um problema grave. A beata estava preocupada com a repercussão do centenário de nascimento do médium Chico Xavier. Filmes, reportagens e matérias pertinentes à vida do mineiro de Pedro Leopoldo, na opinião da senhora, exercem perniciosa influência na sociedade.

O padre Fábio de Melo tranqüilizou-a, afirmando:- Por que levantarmos vozes contra Chico Xavier, uma figura que exemplificou o amor, sensível e que dedicou toda sua vida ao semelhante? Não há razão para isso. Embora eu não seja reencarnacionista, admiro o cidadão Chico Xavier, sua sensibilidade... Admirável a resposta do padre! O fato de discordar de Chico torna o seu posicionamento ainda mais notável. Fácil admirar quem compartilha nossos ideais. Difícil, no entanto, olhar com generosidade e valorizar aqueles cujo pensamento diverge do nosso. Padre Fábio de Melo deixou de lado o rótulo e mergulhou na essência: os exemplos de Chico, um homem Cândido. A religião que professamos é apenas o rótulo, a essência são nossas atitudes. E negar a grandeza do coração de Chico Xavier é "tapar o sol com a peneira". Aliás, não apenas de Chico, mas de tantos outros missionários da bondade.

Quem em sã consciência pode tecer comentários maldosos do evangélico Martin Luther King ou de Madre Tereza de Calcutá? Impossível, são criaturas que deixaram contribuições marcantes no campo do amor e do idealismo, independentemente de suas religiões. Não compreendo como há gente que se nega a valorizar as boas atitudes dos outros porque professam a religião A ou B. Trata-se de uma bobagem monumental, parece coisa de criança mimada. Aliás, muitas vezes nem entre confrades existe essa valorização. Uma pena! Diferente agiu o padre: mesmo discordando dos princípios da crença de nosso Chico ele afirmou admirar o cidadão Chico Xavier. Quebrou o paradigma, olhou além das diferenças e proporcionou singular lição àquela senhora que alimentava deliberadamente o preconceito. Com sua postura íntegra o Padre Fábio de Melo ganhou um novo admirador. Não poderia, portanto, deixar de registrar a digna atitude do sacerdote a fim de que sigamos seu exemplo de valorizar o trabalho alheio.

A realidade se esquiva em busca de uma simples posse, nas conquistas materiais, no ter, e ter e ter ainda mais, e nos distancia cada vez mais desse encontro profundo da divindade do nosso EU. Somos pobres peregrinos, desperdiçando nossa preciosa existência nesta vida, perseguindo um poder que os olhos possam contemplar, e não nos damos conta que é através do que não tocamos, nem cheiramos, nem vemos ou ouvimos que se encontra a riqueza que buscamos. A busca do sagrado, do profundo, do eterno... No silêncio de nossa Alma, bebemos o elixir da sabedoria e saboreamos o néctar da verdade da vida. Acalmar o pensamento e tentar superar a tendência excessiva ao materialismo, são passos decisivos na direção de um encontro efetivo com o nosso âmago companheiro... 
É por aí que anda a nossa Alma!

Autoria: Silvana Giudice

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