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domingo, 6 de maio de 2012

Ao tempo o tempo...




Se o teu lugar agora te parece frio e sem atrativos, se não há ninguém agora que te inspire a falar ou a ouvir, se o vento lá fora parece não soprar a teu favor, se nenhuma palavra consegue agora tocar o teu coração, se não sentes vontade de nada, se queres simplesmente fazer nada, se as coisas da Terra parecem-te opacas e sem graça, se as coisas do Céu agora te parecem mentiras, histórias inventadas, se teu corpo não quer exercícios, não quer esforços, só quer espreguiçar-se, se agora nada desperta a tua vontade de crescer, de ir adiante, de abraçar aventuras, desafios, novas metas, sonhos... se para tuas perguntas não chegam respostas, se olhas o relógio como a um inimigo cobrador, DÁ UM TEMPO.
O mar não espera pelo rio, no entanto, o rio chega.
As árvores não anseiam por novas folhas, no entanto, elas brotam.
As flores não imploram por chuvas, mas as chuvas – cedo ou tarde – caem.
Os pássaros não se preocupam com o céu, entretanto, o céu lá está.
O dia não guarda ansiedade pelo descanso da noite e ainda assim ela chega.
A noite não se abala com a própria escuridão, 
repousando na certeza de que o dia virá.
A semente precisa do escuro da terra para abrir-se à luz na hora mais acertada.
Deus não apressa as sementes: Ele as conhece e respeita o seu tempo.
Se neste momento és semente, sossega, respeita-te... E DÁ UM TEMPO.

Autoria: Sílvia Schmidt

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