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sexta-feira, 18 de março de 2011




Quando em teu coração desabrocha, cheia de vida, a flor perfumada do amor, lembra-te que alguém a plantou certo dia, dentro de ti. Quando o teu coração se ilumina do suave colorido do pôr-do-sol, lembra-te que alguém amanheceu contigo. Quando o fogo da paixão abrasa o teu coração, consumindo todas as tuas fibras, na imolação do prazer, lembra-te que alguém acendeu esta chama. Quando teu coração estiver bordado de sonhos dourados, tecidos com fios de luar, lembra-te que alguém coloriu teu mundo interior.

Quando a noite encontrar-te com o coração partido e angustiado pelas amarguras colhidas durante o dia, lembra-te que alguém possui o lenitivo de que precisas. Quando teu rosto não puder conter a torrente de lágrimas que se afundam pelas dobras do travesseiro, lembra-te que existe alguém te esperando de lenço na mão. Quando a insônia te revolve desesperadamente na cama, lembra-te que alguém pode semear sonhos de paz em tua mente.

Quando a solidão te oprimir e o teu grito não encontrar eco, lembra-te que lá do outro lado, alguém ama a tua companhia e entende o teu clamor. Quando os teus segredos não cabem mais dentro de ti, ameaçando romper os diques de tua alma, lembra-te que existe alguém disposto a recolhê-los e guardá-los com o carinho e a dignidade que tu esperas. Quando em teu coração mora o azul do céu, a calidez do sol, o gorjeio dos pássaros, o perfume das flores, a nostalgia do entardecer, o encanto das manhãs, a serenidade dos lagos e o sorriso da ventura, lembra-te que alguém tocou o teu coração com a varinha milagrosa do amor.

Tu, que amas e vives no controvertido mundo do arco-íris e da escuridão, da calma e da agitação, da paz e da instabilidade, saibas que existe mais alguém habitando o teu planeta! Nas horas felizes, partilha com ele teus sorrisos. Nas horas de solidão, vai, levanta-te e o procura, onde quer que ele esteja. Ele não é senão parte de ti, assim como tu és parte dele. Não olhes o relógio! Que importa as horas? A vida é tão curta, não há tempo a perder. Tu que amas, se tiveres a coragem e a singeleza de assim o fazer, abra teus lábios e conta o milagre do amor, porque só o amor aproxima as pessoas e faz com que falem a mesma linguagem!

Autoria: Lauro Trevisan

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